Em uma nova reviravolta política, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos antidemocráticos sinaliza sua intenção de ouvir o General da reserva do Exército, Gonçalves Dias. Ex-ministro chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) sob a gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), G.Dias está no centro das discussões e controvérsias recentes na esfera política brasileira.
Originalmente agendada para 31 de agosto, a oitiva teve seu anúncio adiado devido à cancelamento da sessão no dia 22/8. O responsável por essa decisão foi o presidente do colegiado, deputado Arthur Maia (União Brasil-BA), citando falta de consenso entre os parlamentares da base governista e da oposição. O clima entre as partes, de acordo com Maia, tornou-se particularmente “acirrado” durante uma reunião prévia.
A figura de G.Dias tornou-se notoriamente relevante após seu envolvimento em imagens de ataques ocorridos em 8 de janeiro. Na ocasião, vândalos depredaram o Palácio do Planalto. Essas imagens, hoje em posse do núcleo aliado ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), são apresentadas como argumentos que alegam omissão do governo Lula durante o incidente.
Em contrapartida, aliados de Lula articulam a defesa afirmando que tal acusação é uma mera estratégia de desvio de foco. Segundo eles, a verdadeira questão deveria recair sobre quem, de fato, incentivou, organizou e financiou os ataques direcionados aos Três Poderes da nação.
Mesmo que a convocação de G. Dias tenha sido formalmente aprovada em 20 de junho, ainda se aguarda a definição de uma data exata para seu depoimento.