Na próxima quinta-feira (10) entra em funcionamento o Centro de Operações de Emergências em Saúde do Governo da Bahia. O objetivo é atender às necessidades de produção e atualização de informações sobre o quadro epidemiológico baiano e estabelecimento das medidas de vigilância, controle e atenção. A iniciava é coordenada pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) e contará com participação de outros órgãos estaduais, Ministério da Saúde, além de especialistas de diversas áreas, como sanitaristas, epidemiologistas, infectologistas, obstetras, neuropediatras. Serão produzidos boletins semanais, divulgados sempre as segundas, a partir das 15h.
O Centro de Operações também será responsável pelo envio de equipes para auxiliar os municípios na investigação em campo, clínica e laboratorial, bem como o estabelecimento de um plano para controle das microcefalias e redução dos agravos. “Caso necessário, o envio de recursos adicionais será realizado”, afirma o secretário da Saúde do Estado, Fábio Vilas-Boas, complementando que está em produção uma nova campanha de mobilização, envolvendo a população e os gestores municipais.
Ações
O Governo da Bahia vem desde o início do ano implementando uma série de ações de combate ao mosquito Aedes aegypti. Entre elas, destaque para o desenvolvimento de um teste rápido, que associado a um smartphone com GPS, permite, simultaneamente, o georeferenciamento (google maps) dos casos, a fim de controlar rapidamente os surtos, bem como ter o resultado em apenas 20 minutos, o que antes demorava até 60 dias. Esta foi uma ação inédita no país e os primeiros municípios a dispor do teste rápido foram Feira de Santana, Riachão do Jacuípe e Ribeira do Pombal.
Em consonância com o Plano Estadual de Intensificação das Ações de Enfrentamento de Epidemias e os debates realizados no âmbito do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass), Fábio Vilas-Boas, que também é vice-presidente da instituição, participará de uma reunião em Brasília, na próxima quarta (9). O objetivo é alinhar as estratégias com os demais estados brasileiros, ação similar que a Secretaria da Saúde da Bahia realizou junto à região Nordeste.
Na oportunidade, os secretários de saúde unificarão as estratégias de modo a encaminhar as demandas em bloco para o Ministério da Saúde. Entre as propostas da Bahia, propõe-se a liberação de verba suplementar do Governo Federal, da ordem de R$ 15 milhões, para as ações de intervenção e contenção do processo epidêmico, além de fornecimento emergencial do suprimento de larvicidas e adulticidas, bem como agilização dos resultados dos exames laboratoriais enviados para o Instituto Evandro Chagas (IEC), laboratório de referência para Zika, até a implantação da técnica no Laboratório Central de Saúde Pública Profº Gonçalo Moniz (Lacen), na Bahia.
Os recursos servirão ainda para adquirir novos pulverizadores costais, testes rápidos para diagnóstico de dengue e chikungunya, bem como ampliar o projeto do Aedes transgênico, em Juazeiro.