O Governo Federal, em evento realizado em Curralinho, Ilha do Marajó, divulgou na última segunda-feira um investimento de R$ 210 milhões para incrementar o acesso à água e fortalecer a agricultura familiar na região amazônica. Este aporte financeiro decorre de uma colaboração entre o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.
Deste total, R$ 150 milhões serão provenientes do Fundo Amazônia, destinados a um edital para financiar projetos focados em tecnologias sociais para o acesso à água em estados como Acre, Amazonas, Amapá, Rondônia e Pará. Estes projetos visam melhorar a vida de famílias rurais de baixa renda, beneficiando aproximadamente 4,6 mil famílias em 16 municípios, com uma atenção especial a mais de 3,1 mil famílias da Ilha do Marajó.
Os recursos destinam-se à captação e armazenamento de água da chuva, que será utilizada tanto para o consumo quanto para atividades agrícolas sustentáveis. Esta iniciativa busca fomentar a inclusão produtiva através da agricultura familiar, contribuindo também para a preservação ambiental e a redução do desmatamento.
Adicionalmente, foram anunciados R$ 60 milhões para assistência técnica e extensão rural dentro do Programa Bolsa Verde. Este programa, reativado no último ano, oferece pagamentos trimestrais às famílias em áreas de preservação, promovendo a sustentabilidade ambiental. O novo edital contempla 62 territórios em sete estados, esperando alcançar cerca de 15 mil famílias, das quais 5,8 mil estão na Ilha do Marajó.
Os projetos financiados visam a diversificação das atividades agroextrativistas e pesqueiras, aumentando a renda e melhorando a segurança alimentar das famílias envolvidas. Isso inclui o acesso a programas como o de Fortalecimento da Agricultura Familiar, de Aquisição de Alimentos e de Alimentação Escolar.
A cerimônia contou com a presença de figuras importantes como a ministra Marina Silva, o ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, e a diretora Socioambiental do BNDES, Tereza Campello, além de autoridades estaduais e representantes de diversas secretarias.
Este investimento marca a retomada do Fundo Amazônia, que foi reativado no início de 2023 depois de uma pausa de quatro anos. A confiança internacional foi reforçada com anúncios de doações de oito países, totalizando R$ 3,9 bilhões, sinalizando um forte compromisso com a agenda ambiental brasileira e o combate ao desmatamento.