Os servidores municipais de Alagoinhas estão em greve há nove dias. Enfrentando dificuldades e buscando melhores condições de trabalho, esses profissionais reivindicam uma pauta extensa, que inclui a recomposição inflacionária de 20%, bem como o reajuste do vale-alimentação e vale-creche.
Contudo, parece que as vozes deles ainda não foram ouvidas. O prefeito Joaquim Neto (PSD), até o momento, não forneceu qualquer resposta às demandas. Uma atitude que gerou protestos inusitados na cidade. Para expressar sua frustração e exigir atenção, os servidores realizaram um “enterro” simbólico, marcando uma “morte da gestão”.
Sandra Margarete, diretora de administração e finanças do sindicato, tem sido uma voz ativa nesse cenário. Ela critica a postura do prefeito, afirmando que, apesar da situação crítica, não há canais de negociação abertos.
“Ele virou garoto-propaganda de cervejaria e aeroporto, mas a cidade está abandonada. E se até a próxima semana ele continuar sem nos atender, faremos a missa de sétimo dia”, afirma.
Segundo Sandra, algumas categorias, como os guardas municipais, estão enfrentando salários-base inferiores ao mínimo estabelecido, totalizando R$ 1.322. Além disso, de acordo com a legislação vigente, apenas 30% dos serviços essenciais estão sendo mantidos em funcionamento durante a greve.
A questão também chamou a atenção do ex-secretário de Educação, Fabrício Faro, que se perguntou publicamente como uma administração que arrecada
“R$ 2 milhões por dia não consegue resolver os problemas que afetam diretamente a vida, principalmente, dos que mais precisam”.