Haddad diz que o governo fechará o ano com um déficit de R$ 130 bilhões e culpa o governo Bolsonaro

Fernando Haddad apresenta medidas para mitigar déficit.

Em uma reunião com jornalistas nesta sexta-feira, o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comunicou que o governo federal projeta um déficit de R$ 130 bilhões para o fechamento do ano de 2023, sob a administração do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“Nós estávamos com um problema fiscal herdado do governo anterior”, disse Haddad, atribuindo a situação fiscal desafiadora a compromissos já firmados pelo governo anterior, liderado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e seu ministro da Economia, Paulo Guedes.

Durante o encontro realizado na sede do Ministério da Fazenda, Haddad detalhou que o Orçamento de 2023, elaborado pela gestão anterior, já indicava um déficit superior a R$ 60 bilhões. Além disso, ele apontou a existência de outras despesas não cobertas, incluindo programas como o Bolsa Família e parcelas dos gastos com a Previdência Social.

Para enfrentar o déficit previsto e estabilizar as contas públicas, o Ministro mencionou o envio de uma série de projetos de lei (PLs) e medidas provisórias (MPs) ao Congresso Nacional. Ele ressaltou que tais ações, embora não sejam comuns, são necessárias para ajustar as contas do país.

Haddad enfatizou que o déficit de R$ 130 bilhões já era esperado conforme as projeções do governo anterior, e destacou a importância de registrar esse fato como uma realidade fiscal do país, não como uma acusação ou reclamação. O Ministro reiterou o compromisso do governo atual em lidar com os desafios herdados e buscar um equilíbrio fiscal no longo prazo.

“O déficit estimado para o ano de 2023, feito pelo governo anterior, já estava em torno de R$ 130 bilhões. É preciso registrar esse fato porque isso é um dado da realidade. Isso não é uma acusação, não é uma reclamação. Eu estou dando o dado real, concreto, da realidade. A previsão de déficit para este ano, feito pelo governo passado, já chegava no montante de cerca de R$ 130 bilhões, que é o que vai acontecer”, disse.