O sistema de internet da Faixa de Gaza enfrenta um colapso sem precedentes após três semanas de conflito armado entre Israel e o grupo Hamas, que é classificado como terrorista por diversos países. De acordo com informações, o colapso foi causado pela intensificação dos ataques aéreos de Israel e uma possível invasão terrestre iminente.
Falha de conectividade afeta vidas e operações
NetBlocks, um rastreador de conectividade global, relatou hoje “um colapso total na conectividade na Faixa de Gaza”. O último grande provedor de telecomunicações da região, a Paltel, afirmou ter sofrido “uma interrupção completa de todos os serviços de comunicação e internet” após ataques aéreos intensos.
Geradores e combustível: Um sistema frágil
Desde o início do mês, quando Israel cortou a maior parte do acesso de Gaza à eletricidade, a população tem dependido quase exclusivamente de geradores para manter a conexão à internet. Mas, segundo relatórios, os ataques aéreos recentes destruíram grande parte dessa já frágil infraestrutura de apoio. Ontem, a NetStream, outro grande provedor de internet na região, notificou seus assinantes que o serviço seria encerrado devido a “uma grave escassez de fornecimento de combustível”.
Crescente Vermelho em alerta
O Crescente Vermelho Palestino, organização humanitária afiliada ao Movimento Internacional da Cruz Vermelha, divulgou um comunicado afirmando que perdeu todo o contato com suas equipes na Faixa de Gaza. “Estamos profundamente preocupados com a incapacidade de fornecer serviços médicos de emergência”, afirmou a organização.
Consequências humanitárias
As implicações do colapso da internet vão além da falta de comunicação. Há acusações de crimes de guerra e preocupações crescentes sobre o acesso a serviços médicos de emergência, ampliando ainda mais o já delicado cenário humanitário na Faixa de Gaza.