A primeira-dama Janja da Silva expressou o desejo de ter um espaço de trabalho no Palácio do Planalto. Em entrevista ao jornal “O Globo”, Janja comentou sobre as críticas recebidas por sua atuação e comparou a situação com práticas internacionais, questionando a resistência encontrada no Brasil.
“Falam muito de eu não ter um gabinete, mas precisamos recolocar essa questão. Nos EUA, a primeira-dama tem. Tem também agenda, protagonismo, e ninguém questiona. Por que se questiona no Brasil? Vou continuar fazendo o que acho correto. Sei os limites. Eu quero saber das discussões, me informar, não quero ouvir de terceiros”, destacou Janja.
Segundo ela, a presença de um gabinete é um assunto que necessita ser revisto, enfatizando sua intenção de estar mais informada sobre as discussões pertinentes ao governo.
Apesar das especulações, Janja assegurou que não participa das reuniões de trabalho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mantendo conversas sobre assuntos políticos de maneira privada e em momentos informais.
“O povo acha que eu fico lá sentada. Minhas conversas com o presidente são dentro de casa, no nosso dia a dia, no fim de semana, quando a gente toma uma cerveja. Quando estou incomodada, eu vou lá e questiono. Não é porque eu sou mulher do presidente que vou falar só de marca de batom”, declarou a primeira-dama.
A posição de Janja tem sido motivo de críticas por parte da oposição e causado apreensão entre aliados do governo. Até o presente, a proposição de criar um gabinete para a primeira-dama no Palácio do Planalto encontra-se impedida.