No último sábado (21), o governador Jerônimo Rodrigues (PT) assegurou que a Bahia cumprirá o valor estipulado pelo governo federal para o piso nacional dos professores, que é de R$ 4.420,55. Em 2023, o valor prevê uma correção de 14,95% em relação ao piso anterior, de acordo com a lei.
“Estávamos aguardando a definição do governo federal em relação ao percentual do reajuste e agora estamos nos debruçando sobre o cenário macroeconômico que, os especialistas dizem, será de crise, para garantir o pagamento do piso, conhecendo o impacto no orçamento estadual”, afirmou o petista depois de uma reunião no Centro Administrativo da Bahia (CAB).
Na conversa, estavam presentes os representantes das secretarias estaduais da Educação (SEC); da Administração (Saeb); da Fazenda (Sefaz); do Planejamento (Seplan), bem como da Casa Civil e da Procuradoria Geral do Estado (PGE).
O governo do estado informou que estão sendo realizados estudos preliminares sobre a previsão orçamentária para 2023, análise das receitas e viabilização das condições para atingir a porcentagem estabelecida.
“Estamos na fase inicial. Vamos dialogar com a categoria assim que a equipe econômica tiver os números. Vamos cumprir nosso compromisso, que é inclusive um compromisso de campanha e alinhado com o governo Lula”, acrescentou Jerônimo.
Em 2022, os educadores tiveram um aumento real de 33,24%. A SEC divulgou que mais de 33 mil docentes, sejam concursados ou contratados pelo REDA, receberam valor acima do piso salarial nacional para o magistério. O salário base para 40 horas de trabalho semanalmente foi de R$ 3.850. Este valor ainda contém 31,18% para a remuneração de um professor iniciante na rede estadual de ensino em 2022, o que totaliza R$ 5.054,43.
“Temos um governador professor que reconhece a importância de valorizar a categoria. Do outro lado, acredito que os professores e professoras também reconhecem o esforço que está sendo feito pelo Governo do Estado para assegurar a adoção do piso nacional. É mais uma conquista para a categoria proporcionada por nosso grupo, porque nós acreditamos no poder transformador da educação e no papel imprescindível dos trabalhadores da educação nesse processo”, afirmou a secretária da Educação, Adélia Pinheiro.