A Justiça Eleitoral desaprovou as contas de sete vereadores eleitos para a Câmara Municipal de Feira de Santana, Bahia, referentes à campanha de 2024. São eles: Marcos Lima, Jurandy Carvalho, Albino Neto, José Carneiro, Zé Curuca, Flávio Arruda (Galeguinho) e Luiz Augusto (Lulinha). As decisões, baseadas em relatórios técnicos que apontaram irregularidades na prestação de contas, ainda podem ser recorridas.
Entre as irregularidades, Marcos Lima não registrou serviços advocatícios na contabilidade da campanha, configurando movimentação financeira fora da conta oficial. Apesar de notificado, o candidato não apresentou os documentos necessários para sanar o problema.
Jurandy Carvalho teve as contas rejeitadas devido à falta de comprovação de recursos estimáveis, no valor de R$ 2.000,00, e gastos não registrados no período correto, somando R$ 1.500,00. Juntas, as falhas somaram 10,7% das despesas de campanha, acima do limite tolerado de 5%, levando à determinação de devolução de R$ 3.500,00 ao Tesouro Nacional.
Albino Neto também foi responsabilizado por irregularidades. Ele não comprovou despesas de R$ 2.001,00 realizadas com o Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), o que representa 21,34% dos gastos com o fundo e 6,16% do total de despesas.
José Carneiro Rocha teve 32,35% de seus gastos classificados como irregulares, incluindo omissões de receitas e despesas com serviços advocatícios e combustível. Entre os problemas, destaca-se o uso inadequado de recursos do FEFC.
Já Zé Curuca foi apontado por inconsistências na contabilização de serviços advocatícios e locações de veículos, com destaque para um contrato cujo valor ultrapassou o limite permitido.
Flávio Arruda, conhecido como Galeguinho, recebeu recursos de fontes vedadas (pessoa jurídica), o que representou 21,11% das receitas arrecadadas. Ele também omitiu despesas com redes sociais e gráficas, além de transferir sobras de campanha para sua conta pessoal.
Embora também apresentasse falhas, Luiz Augusto teve suas contas aprovadas com ressalvas, pois as irregularidades foram consideradas de baixo impacto, abaixo de 5%.
Outro caso envolveu Jorge Raimundo de Oliveira, cujas contas foram desaprovadas por omissão de movimentação financeira referente a doações estimáveis em dinheiro. Os problemas somam 15,98% das receitas, o que levou à recomendação de reprovação.