Em cinco anos, sacos e sacolas plásticas não mais estarão à disposição dos clientes de supermercados baianos, pois serão substituídos por peças biodegradáveis.
É o que prevê o Projeto de Lei n° 21.191/2015 de autoria do deputado estadual Marcell Moraes (PV), aprovado na última semana pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa da Bahia e que agora depende de aprovação no plenário da AL-BA para entrar em vigor. A Tribuna foi às ruas ouvir o consumidor que se manifestou, em sua maioria, a favor da medida.
“Sou contra não só ao uso dos sacos e sacolas plásticas como também das garrafas pets e toda e qualquer embalagem plástica. Acho que o plástico deveria ser banido da face da terra. A partir daí começou a poluição do meio-ambiente e hoje o planeta está um lixo. Sou a favor do projeto. A gente deve trazer de casa, como era antigamente, a sacola, para transportar as compras”, sugeriu o aposentado Edvaldo Pereira Mascarenhas, ao sair, ontem à tarde, de um supermercado na Rótula do Abacaxi.
“Acho que está certo, sim, proibir o uso dos sacos plásticos, pela questão da ecologia, do meio ambiente. Infelizmente vamos ter que comprar o saco alternativo porque os supermercados não vão oferecer. Mas vale a pena pra preservar o meio ambiente”, declarou aposentado Alberto César, cliente de um mini-mercado das Sete Portas.
A jovem Graciele Conceição Almeida, no momento desempregada, também é a favor da possível proibição: “Outros estados já fazem isto. Acho que a medida deve ser adotada aqui também, até pra diminuir a poluição do meio ambiente. Alguns supermercados em São Paulo oferecem sacolas de papel tipo de transportar pão. Mas acho que o ideal é que cada um traga a sua sacola de casa”, relatou.
“Se for a favor do meio ambiente eu sou a favor também, mas tem que ter alguma coisa para carregar a compra. Vai carregar como, na mão é? O mercado tem que dar uma sacola biodegradável para o cliente que fez a compra, sem cobrar dele”, disse, ao ser abordado sobre o assunto, o vigilante Fabrício Luis.
Já a diarista Dalvina das Virgens concordou com a lei, mas acrescentou: “É importante sair do mercado com a sacolinha. Que ela seja biodegradável, mas que o mercado dê pra gente, por que nem todo mundo pode comprar. Eu mesma agora só tenho o dinheiro do transporte”, comentou.