O presidente Luiz Inácio Lula da Silva apelou, em conversa telefônica com o presidente de Israel, Isaac Herzog, para a criação de um corredor humanitário entre a Faixa de Gaza e o Egito. O pronunciamento ocorreu na noite de quinta-feira (12) e foi publicado em uma rede social por Lula, que tem intensificado esforços diplomáticos em busca dessa ação.
Diplomacia em tempos de crise
O pedido de Lula visa a liberação de um caminho seguro para o transporte de alimentos, água e medicamentos a Gaza, que tem sido alvo de bombardeios israelenses desde o fim de semana, em retaliação aos ataques lançados pelo grupo terrorista Hamas em território israelense. As informações são do Portal ChicoSabeTudo.
Lula também usou a ocasião para reforçar que “inocentes não podem pagar pela guerra”. Ele solicitou que “não faltem água, luz e remédios em hospitais” e fez um apelo para que os civis que desejam deixar Gaza tenham um caminho seguro para o Egito.
Corredor humanitário em pauta na ONU
A questão do corredor humanitário será discutida na reunião do Conselho de Segurança da ONU, programada para a tarde desta sexta-feira (13). O Brasil atualmente detém a presidência temporária do conselho.
Condenação de ataques e retirada de brasileiros
Além disso, Lula reiterou a condenação do Brasil aos ataques terroristas do Hamas e expressou solidariedade às famílias das vítimas. O presidente também agradeceu o apoio de Israel na retirada de brasileiros do país, realizada por voos diários da Força Aérea Brasileira.
O governo brasileiro ainda negocia a retirada de 22 cidadãos que estão em Gaza. A possível solução seria a saída pelo Egito, fortalecendo o apelo pela abertura do corredor humanitário. O Egito, até o momento, ainda não concordou com a ideia.
Presidência brasileira em ação
Um avião presidencial partiu para Roma na quinta-feira (12), onde aguardará autorização para seguir ao Egito com o objetivo de resgatar os brasileiros em Gaza.
A foto anexada à postagem de Lula mostrava o presidente em seu primeiro dia de trabalho desde que se submeteu a uma cirurgia no quadril, reforçando a seriedade com que o mandatário encara a questão.
Em Israel, vale lembrar, o cargo de presidente tem um caráter mais cerimonial e simbólico, enquanto o primeiro-ministro, atualmente Benjamin Netanyahu, detém maior força administrativa nas decisões mais importantes do país.
