O ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, disse que, se os tributos federais voltarem a incidir sobre combustíveis, o preço da gasolina pode subir até R$ 0,69 por litro a partir de 1º de janeiro. A declaração é uma resposta à indicação de que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não pretende estender o desconto nos impostos federais sobre combustíveis.
Aprovada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) em março, a desoneração ajuda a manter o preço da gasolina baixo, mas será válida apenas até este sábado (31). Sachsida explica que, se uma medida provisória não for editada, o preço da gasolina, do diesel, do etanol e do gás de cozinha pode aumentar neste domingo (1º).
“Em virtude da nova administração, não será permitido editar uma medida provisória que estende a isenção de PIS e Cofins para os combustíveis. Lula determinou que, a partir do dia 1º, ocorra o aumento nos preços da gasolina, do diesel e do etanol. A nova administração escolheu um modelo que implica em mais despesas públicas. É a PEC do desperdício. “Como tem muitos gastos, precisa ganhar muito”, disse ele.
Conforme disse, além do preço do combustível, o valor do diesel e do etanol também poderão sofrer aumento de R$ 0,33 e 0,24, respectivamente. “Sejam os motoristas, os caminhoneiros ou as donas de casa, todos pagam mais impostos. Já começa a pagar mais caro pelo combustível? Para financiar o desperdício do governo federal. É triste isso”, disse ele, terminando a frase.
Durante a campanha, Bolsonaro havia dado a entender pretender isentar os impostos dos combustíveis até 2023.