Em um discurso proferido nesta sexta-feira (8), durante a abertura da conferência eleitoral do Partido dos Trabalhadores (PT), em Brasília, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou a importância de estabelecer um diálogo com o segmento evangélico e criticou as disputas internas na legenda.
A reunião, que contou com a presença de figuras importantes do governo, incluindo ministros, governadores, a primeira-dama Janja e o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), teve como foco principal a preparação para as eleições municipais de 2024.
Durante seu discurso, Lula enfatizou a necessidade de se aproximar dos evangélicos, um grupo que, segundo pesquisa Datafolha divulgada na quinta-feira (7), ainda mostra resistência ao PT. Com 28% do eleitorado, os evangélicos têm sido um forte apoio para Jair Bolsonaro (PL), especialmente no último pleito. Lula expressou a importância de mudar a narrativa do partido para melhor dialogar com esse segmento.
Além disso, o presidente abordou a questão das “briguinhas internas” do PT, ressaltando a necessidade de escolher os melhores candidatos, aqueles que possam defender adequadamente as propostas do partido e do governo. Lula também prometeu ser um ativo cabo eleitoral nas campanhas, incentivando a participação de seus ministros, em horários fora do trabalho.
O discurso do presidente também teve momentos de críticas diretas a Bolsonaro, antecipando uma possível polarização nas próximas eleições municipais. Lula enfatizou a importância de manter a democracia e de não ceder a provocações.
Gleisi Hoffmann, presidente do PT, ecoou o discurso de Lula, reforçando a necessidade de combater o bolsonarismo nas urnas. Ela também foi mencionada por Lula como uma liderança crucial no partido, especialmente neste ano eleitoral.
Na avaliação de seu primeiro ano de mandato, de acordo com a última pesquisa Datafolha, Lula manteve uma aprovação estável, com 38% dos brasileiros aprovando seu trabalho. Contudo, o presidente ainda enfrenta desafios significativos para conquistar o eleitorado evangélico, essencial para as próximas disputas eleitorais.