Sem citar o escândalo do Mensalão, o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta terça-feira (19) que mandava investigar todas suspeitas de corrupção em seu governo.
De acordo com ele, em um eventual novo governo, as apurações continuarão. Lula disse que, hoje, a situação é diferente em crítica ao presidente Jair Bolsonaro.
“Por que o (Fabrício) Queiroz não foi ouvido até agora pelo Ministério Público?”, questionou o petista em referência ao ex-assessor de Flávio Bolsonaro acusado de participação em esquema de “rachadinha” enquanto trabalhava no gabinete do então deputado estadual no Rio de Janeiro.
“Foi durante o meu governo e da presidente Dilma que criamos todos os instrumentos para acabar com a corrupção do país. A lei da transparência fomos nós que fizemos. Foi feita a lei da delação. Agora, você só sabe de algumas coisas quando alguém denúncia”, disse Lula em entrevista à rádio 98 FM, de Tocantins.
Em 2005, o Mensalão foi descoberto após o então deputado federal Roberto Jefferson (PTB-RJ) denunciar esquema de pagamento de “mesada” para congressistas apoiarem o governo do petista. À época, Lula estava no primeiro mandato e afirmou que não sabia de nada.
Em 2012, diversos integrantes do Mensalão foram condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Já em 2014, quando Dilma Rousseff estava na Presidência da República, o esquema do Petrolão foi descoberto por meio das investigações da operação Lava Jato. Empresários, políticos – o que inclui Lula – foram presos após condenações criminais.