Em meio à greve dos professores, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu na manhã desta segunda-feira (10/6) com reitores de universidades e institutos federais para discutir questões orçamentárias das instituições. O encontro contou com a presença dos ministros Camilo Santana (Educação) e Esther Dweck (Gestão).
A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) buscou debater um aumento no orçamento das universidades. Além disso, Lula deve apresentar o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) voltado para universidades e hospitais universitários, com foco em obras de infraestrutura, segundo os ministros envolvidos.
O governo federal enfrenta críticas pela falta de ações e investimentos em instituições públicas de ensino superior. Além da necessidade de reajuste e reestruturação das carreiras dos docentes e técnicos-administrativos, há uma demanda por mais recursos para pesquisa e manutenção das universidades.
Os reitores defendem um financiamento de cerca de R$ 8,5 bilhões para 2024, o que representaria um aumento de aproximadamente R$ 2,5 bilhões em relação ao orçamento atual de R$ 6 bilhões. Em maio, o Ministério da Educação (MEC) recompos o orçamento das universidades após solicitação da Andifes. Devido a cortes na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2024 feitos pelo Congresso, o orçamento caiu para R$ 5,8 bilhões, abaixo do autorizado em 2023.
Atualmente, a maioria das universidades federais já utilizou mais da metade do orçamento liberado para 2024. A presidente da Andifes, reitora Márcia Abrahão, expressou preocupação de que, nesse ritmo, as universidades não conseguirão fechar o ano.
O Novo Programa de Aceleração do Crescimento é uma iniciativa coordenada pelo governo federal em parceria com o setor privado, estados, municípios e movimentos sociais. De acordo com a Casa Civil, o Novo PAC investirá R$ 1,7 trilhão em todas as unidades federativas nos próximos anos, sendo R$ 1,3 trilhão até 2026 e R$ 0,4 trilhão após 2026.