Lula indica Cristiano Zanin para o STF: Publicação no Diário Oficial

Advogado que atuou na defesa de Lula durante a Lava Jato é indicado para o Supremo Tribunal Federal

Em publicação no Diário Oficial da União nesta quinta-feira (1), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva formalizou a indicação de Cristiano Zanin ao Supremo Tribunal Federal (STF). Zanin, advogado que ganhou projeção ao defender Lula durante a Operação Lava Jato, precisa agora ser aprovado por 41 senadores para assumir o cargo na Corte.

Uma Indicação Aguardada

O presidente Lula afirmou que a indicação de Zanin era esperada. “Eu acho que todo mundo esperava que eu fosse indicar o Zanin, não só pelo papel que ele teve na minha defesa, mas simplesmente porque eu acho que o Zanin se transformará num grande ministro da Suprema Corte desse país”, declarou.

A indicação vem 51 dias após a aposentadoria do ex-ministro Ricardo Lewandowski. Se aprovado pelo Senado, Zanin permanecerá no cargo até 15 de novembro de 2050, quando completará 75 anos.

Na história do Brasil, apenas cinco indicados ao STF foram rejeitados pelo Senado. Essas rejeições ocorreram durante o governo de Floriano Peixoto, entre 1891 e 1894.

Jantar Pré-Anúncio e Próximos Passos

Na véspera do anúncio, Zanin jantou com os ministros do STF Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes, além do presidente da Comissão de Constituição e Justiça, Davi Alcolumbre (União-AP), e do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

O último ministro indicado à Corte, André Mendonça, indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, demorou meses para ter a sabatina agendada pelo presidente da CCJ.

Quem é Cristiano Zanin?

Cristiano Zanin Martins é natural de Piracicaba, mas mudou-se para São Paulo para cursar Direito na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. A partir de 2013, ele assumiu a defesa de Lula em processos relacionados à Operação Lava Jato, conquistando notoriedade ao conseguir a anulação das sentenças contra o ex-presidente.

Caso aprovado pelo Senado, Zanin será o novo ministro do Supremo Tribunal Federal, assumindo a cadeira deixada por Ricardo Lewandowski. A indicação de Zanin reafirma o relacionamento de confiança estabelecido entre ele e o presidente Lula, solidificado por sua atuação na defesa durante a Operação Lava Jato.