O presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou sua profunda tristeza pela morte do brasileiro Michel Nisembaum, sequestrado pelo grupo palestino Hamas, através de suas redes sociais. Nisembaum, de 59 anos, estava entre os três reféns cujos corpos foram recuperados pelo Exército israelense nesta sexta-feira (24).
“Recebi com imensa tristeza a notícia da morte de Michel Nisembaum, brasileiro mantido refém pelo Hamas. Conheci sua irmã e filha, e sei do amor imenso que sua família tinha por ele. Minha solidariedade aos familiares e amigos de Michel”, publicou Lula.
O presidente também destacou que o governo brasileiro está empenhado em garantir a libertação de todos os reféns ainda sob poder do Hamas. “O Brasil continuará lutando e seguiremos engajados nos esforços para que todos os reféns sejam libertados, para que tenhamos um cessar-fogo e a paz para os povos de Israel e da Palestina”, acrescentou.
Michel Nisembaum, que possuía cidadania brasileira e israelense, residia em Israel e estava desaparecido desde 7 de outubro do ano passado, quando participava de um festival de música que foi alvo de um ataque do Hamas.
O conflito teve início em outubro passado, quando o Hamas, que controla a Faixa de Gaza desde 2007, lançou um ataque surpresa com mísseis contra Israel e invasões terrestres no sul do país. Segundo as autoridades israelenses, aproximadamente 1.200 pessoas foram mortas e centenas de israelenses e estrangeiros foram feitos reféns.
Em retaliação, Israel vem bombardeando a infraestrutura em Gaza e impôs um cerco total ao território, dificultando inclusive a entrada de ajuda humanitária aos palestinos. A ofensiva militar israelense na Faixa de Gaza resultou em mais de 35 mil mortos e cerca de 80 mil feridos nos últimos sete meses, conforme dados do Ministério da Saúde do enclave.
A guerra entre Israel e Hamas tem suas raízes na longa disputa por territórios ocupados historicamente por diversos povos, incluindo hebreus e filisteus, ancestrais de israelenses e palestinos.