O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, anunciou hoje a nomeação do ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, para o cargo de Ministro da Justiça e Segurança Pública. A cerimônia de anúncio ocorreu no Palácio do Planalto, com as presenças de Lewandowski, do ex-ministro Flávio Dino, e da primeira-dama, Janja da Silva.
Flávio Dino, que anteriormente ocupava o posto, foi recentemente aprovado pelo Senado para assumir uma vaga no STF, com previsão de posse em fevereiro. A decisão de Lula em nomear Lewandowski vem após este aceitar o convite, conforme declarado pelo presidente.
O decreto de oficialização da nomeação de Lewandowski está previsto para ser publicado em 19 de janeiro, com a posse do novo ministro agendada para 1º de fevereiro. Até essa data, Flávio Dino permanecerá à frente do Ministério.
“Eu só vou fazer o decreto da oficialização dele, a pedido dele, por conta de coisas particulares que ele tem que fazer, no dia 19. Acertamos que ele toma posse no dia 1º de fevereiro. Até lá, o companheiro Flávio Dino, que só vai tomar posse em 22 de fevereiro, ficará cumprindo a função da forma magistral que ele cumpriu até agora”, afirmou Lula.
Durante o evento, Lula elogiou a trajetória de Lewandowski no STF, referindo-se a ele como “um extraordinário ministro da Suprema Corte”. O presidente enfatizou também a importância da escolha para o Ministério da Justiça, a Suprema Corte e a sociedade brasileira.
Lula declarou que dará autonomia para Lewandowski formar sua equipe no Ministério, mas adiantou que haverá um diálogo em fevereiro para discutir as mudanças na pasta. O presidente ressaltou sua prática de não interferir nas escolhas de equipe dos ministros, comparando-a a um técnico de futebol que deve ter liberdade para escalar seu time.
“Normalmente, eu tenho por hábito cultural não indicar ninguém em nenhum ministério. Quero que as pessoas montem o time que elas vão jogar. Se eu fosse técnico de futebol, não permitiria que o presidente do meu time, por mais importante que fosse, fosse escalar o meu time. O meu time sou eu quem escalo. Se eu perder, me tirem, se eu ganhar, eu continuo.”
“[Em 1º de fevereiro] Ele [Lewandowski] já vai ter uma equipe montada, ele vai conversar comigo e aí vamos discutir quem fica, quem sai, quem entra, quais são as novidades”, completou Lula.
Além das declarações oficiais, houve um momento em que a primeira-dama Janja expressou o desejo de ver mais mulheres em posições de liderança na nova gestão do ministério, ao que Lewandowski afirmou concordar.