O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante uma reunião no Palácio do Planalto nesta terça-feira (17), declarou que o governo não tolerará os incêndios florestais, que ele considera em grande parte criminosos e motivados por oportunismo. O encontro contou com a presença dos presidentes da Câmara, Arthur Lira, do Senado, Rodrigo Pacheco, e do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso.
Lula destacou que a situação das queimadas e da seca é mais crítica neste ano do que em anos anteriores. Ele expressou preocupação com setores que tentam criar confusão no país e enfatizou a necessidade de um novo comportamento em relação ao meio ambiente. O presidente também abordou a importância de discutir propostas para a redução de gases de efeito estufa, visando a saúde pública, especialmente das crianças.
O presidente criticou a falta de autorização judicial para investigações sobre os incêndios, mencionando que a Polícia Civil enfrenta dificuldades em manter suspeitos detidos devido à rápida liberação. Ele citou que a Polícia Federal possui mais de 52 inquéritos paralisados por falta de autorização judicial.
Na reunião, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, apresentará propostas que devem ser transformadas em decretos e projetos de lei. O governo também planeja anunciar uma medida provisória que destina R$ 550 milhões para ações de combate aos incêndios na Amazônia, Cerrado e Pantanal.