O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou, na última sexta-feira (4), a Política Nacional do Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono, que estabelece diretrizes para a produção de hidrogênio verde no Brasil. O ato foi realizado em um evento no Porto do Pecém, em São Gonçalo do Amarante, no Ceará.
Durante a cerimônia, Lula enfatizou as capacidades do Brasil em liderar a transição energética e enfrentar os desafios das mudanças climáticas, destacando a importância de apoio financeiro das nações desenvolvidas para iniciativas de preservação ambiental. Ele mencionou que o Brasil possui vantagens únicas para competir globalmente neste setor, ressaltando a importância das florestas brasileiras na absorção de carbono.
A nova legislação estabelece um sistema de certificação para o hidrogênio e cria incentivos que visam estimular investimentos na área, com a previsão de R$ 18 bilhões em incentivos fiscais ao longo de cinco anos, focando na descarbonização de setores industriais e de transporte.
Atualmente, o Brasil conta com mais de R$ 200 bilhões em projetos relacionados ao hidrogênio verde, conforme o Programa Nacional do Hidrogênio (PNH2). O Plano Decenal de Expansão de Energia 2031, elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética, indica que o país possui potencial técnico para produzir 1,8 gigatonelada de hidrogênio por ano, sendo que cerca de 90% dessa produção poderá ser gerada a partir de fontes de energia renováveis.