Na última quarta-feira (11), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chamou o grupo de bolsonaristas radicais que invadiu as sedes dos Três Poderes de “aloprados sem senso do ridículo”. Os atos contrários à democracia ocorreram no domingo (8), na capital do país. Os vândalos danificaram os prédios do Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal (STF) e Palácio do Planalto.
“Eu até não gostaria de pensar num golpe, eu gostaria de pensar numa coisa menor, quem sabe um grupo de pessoas alopradas sem senso do ridículo que ainda não entendeu que a eleição acabou, que ainda não quer aceitar que a urna eletrônica é, possivelmente, o modelo eleitoral mais perfeito que a gente tem em todos os países do mundo. Lamentavelmente, o presidente que deixou o poder no dia 31 não quer reconhecer a derrota. Ainda hoje eu vi declarações dele não reconhecendo a derrota. Ou seja, eu só posso considerar um grupo de aloprados, um grupo de gente com pouco senso de ridículo, porque já entraram na Justiça e a Justiça já disse qual foi o resultado eleitoral”, disse, sem citar explicitamente o nome do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O mandatário fez uma reunião com deputados e senadores que foram pessoalmente ao seu escritório entregar o decreto de intervenção federal em Brasília.
Na conversa com os políticos, o chefe do Executivo disse que agora é preciso identificar quem são os terroristas e castigar aqueles que não querem obedecer a ordem democrática conquistada com muito sacrifício a partir da Constituição de 1988.
“Quero que vocês saibam que qualquer gesto que contrarie a democracia brasileira será punido dentro daquilo que a lei permite punir. Todo mundo terá direito de se defender, todo mundo terá direito a prova da inocência, mas todo mundo será punido”, falou.
Ele explicou que não gostaria de ter feito uma intervenção, mas os terroristas não estavam dispostos a dialogar.