Jair Bolsonaro, ex-presidente do Brasil e membro do Partido Liberal (PL), busca utilizar uma manifestação na Avenida Paulista, em São Paulo, como plataforma para evidenciar seu apoio popular frente às crescentes investigações que enfrenta. O evento, programado para esse domingo, visa demonstrar que Bolsonaro ainda possui uma base de apoio significativa, apesar das adversidades legais que tem enfrentado recentemente.
Esta manifestação surge em um contexto onde Bolsonaro e seus aliados sentem-se pressionados pelas investigações conduzidas pela Polícia Federal, particularmente aquelas relacionadas a alegações de atos golpistas. A cautela tem sido aconselhada por vários de seus conselheiros, especialmente em relação a declarações públicas, temendo que a retórica inflamada possa não apenas comprometer ainda mais a posição legal de Bolsonaro, mas também afetar a adesão e percepção pública de seu apoio.
Neste cenário, Bolsonaro é instado a moderar suas críticas ao Judiciário, marcando uma distinção clara com episódios anteriores de confronto verbal direto, especialmente contra figuras como o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A manifestação é planejada para ser um evento controlado, com medidas específicas para limitar quem pode falar ao microfone, numa tentativa de evitar declarações que possam ser vistas como incitamento ou desrespeito ao Judiciário.
O evento conta com a participação de figuras notáveis como Michelle Bolsonaro, diversos parlamentares e governadores alinhados a Bolsonaro, além do pastor Silas Malafaia, que desempenha um papel central na organização. A manifestação tem como um de seus focos a defesa da figura de Bolsonaro contra as acusações que enfrenta, mas também aborda outras questões, como críticas à administração atual e a recentes declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o conflito na Faixa de Gaza.
