María Corina Machado, líder da oposição na Venezuela, declarou que Nicolás Maduro precisa de “garantias” para deixar a presidência do país. Em uma recente entrevista, Machado destacou que a comunidade internacional tem uma parte na responsabilidade do que ocorre na Venezuela e solicitou um suporte mais robusto para que a oposição tenha suas reivindicações reconhecidas após as eleições.
Machado argumenta que Edmundo González, o candidato oposicionista, superou Maduro nas eleições, e enfatizou que serão oferecidas “garantias, salvo-conduto e incentivos” para facilitar uma transição pacífica de poder. A líder está em um local sigiloso desde a semana passada por temor à sua segurança.
Na última semana, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela anunciou a reeleição de Maduro com 52% dos votos, mas não revelou detalhes sobre o processo eleitoral, alegando que o sistema foi comprometido por hackers. A oposição, por sua vez, afirma que González recebeu 67% dos votos.
“Todo o povo venezuelano e o mundo estão cientes de que Edmundo González venceu de forma contundente, enquanto Maduro tenta perpetrar a maior fraude da história do país”, declarou Machado.
Além disso, a plataforma X (anteriormente conhecida como Twitter) foi bloqueada na Venezuela por um período de 10 dias, a partir da noite de quinta-feira, 8. A medida foi imposta pelo governo de Maduro, mas suas intenções não foram claramente comunicadas. Esta ação ocorre em meio a uma troca de acusações entre Maduro e Elon Musk, proprietário da rede social, sobre um suposto ataque cibernético ao CNE no dia das eleições. Maduro chamou Musk de ditador e, em resposta, o empresário aceitou um desafio lançado pelo líder venezuelano.