O rastro deixado pela prisão de Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, chega cada vez mais forte na Bahia. Depois de Jaques Wagner e Mário Kertersz, quem teve seu nome envolvido na polêmica foi Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), ex-vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa e ex-ministro, que segundo o jornal O Globo teria atuado em favor da empreiteira, de acordo com conversas apreendidas pela Polícia Federal.
Ele teria agido no banco, na Secretaria da Aviação Civil da Presidência e junto à prefeitura de Salvador a fim de atender a interesses da OAS. Geddel ainda teria cobrado doações para campanhas de aliados no interior da Bahia, além de para sua própria candidatura em 2014, pelo PMDB.
Geddel ainda tratou de um empreendimento imobiliário da OAS em Salvador, de frente para o mar, o Costa España. “Não esqueça daquela oportunidade para concluirmos aquela conversa sobre o Costa Espanha. Estou precisando definir o tema”. Pinheiro informou a um interlocutor: “Nosso amigo GVL (Geddel) pede para vc ligar para Luis. Teve com o baixinho e está liberado o Costa Espanha (novo)”. Geddel admitiu ao O Globo ter encontrado com o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), para tratar do empreendimento. A Caixa diz que o financiamento do Costa España foi feito por outra instituição financeira.