A ministra Damares Alves negou que estaria deixando o cargo no governo Bolsonaro. Segundo informações da revista “Veja”, a titular da pasta da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos teria pedido demissão, alegando cansaço e saúde debilitada após quatro meses no ministério, além de ameaças de morte.
Informo que não pretendo sair do governo — disse em nota ao GLOBO.
A ministra, que coleciona polêmicas à frente do cargo, disse ainda em entrevista ao programa ” Jornal da Manhã”, da rádio Jovem Pan (leia mais abaixo) na manhã desta sexta-feira que vem recebendo ameaças de morte e que se mudou para um hotel, em Brasília.
O novo endereço, porém, tem sido mantido em sigilo por questões de segurança. O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) orientou ainda a ministra a não antecipar informações sobre sua agenda, que é bastante movimentada, com viagens frequentes para eventos oficiais.
Na entrevista à rádio, Damares reforçou que fica no cargo “até o dia que o presidente Bolsonaro precisar de mim, entender que eu sou útil, e até minha saúde aguentar.”
“Quando fui convidada para ser ministra, já estava pedindo aposentadoria, estava parando por um processo de cansaço, de exaustão. O problema não são as ameaças, é o processo de cansaço e exaustão. No momento que estava parando, aceitei. Nenhum ministro está trabalhando menos do que 15h por dia neste governo. De 15h a 18h por dia”, complementou a ministra.
“Não vou deixar o governo, não. Tenho muita coisa para fazer, para desenvolver.”
Em sua conta pessoal no Twitter, ela afirmou novamente que fica até quando o “presidente Bolsonaro quiser e Deus me der saúde. E olha, tenho muita”.
Ela atribui os ataques ao fato de lidar com “temas polêmicos, como o crime organizado”.
“Vamos lembrar que pedofilia é crime organizado. Legalização das drogas, que eu me coloco de forma veementemente contra, tem crime organizado. Crianças desaparecidas, tráfico de mulher também”, elencou.
E concluiu, dizendo que as ameaças estão sendo investigadas.
“Estou tendo todo o cuidado possível. Confesso que elas não me assustam, não.”