O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, gerou debate ao declarar que pretende defender a formalização dos motoristas de aplicativos, como o Uber. A declaração foi feita durante um evento sobre empreendedorismo, no qual Marinho afirmou que, caso a Uber e outras plataformas não gostem do processo de formalização, ele sente muito.
Embora Marinho ainda não tenha apresentado um plano alternativo para o caso de aumento das taxas das viagens e possível exclusão do público mais pobre, já que a Uber popularizou o uso de serviço particular de transporte entre a classe média baixa, ele afirmou que não teme a saída da empresa do Brasil.
“A Uber não irá embora porque o Brasil é o mercado número um, mas ninguém quer que ninguém vá embora. […] Tem que ter regras e controle para não haver excesso de jornada”, disse o ministro.
Vale lembrar que Marinho já havia tecido críticas contra o Uber em fevereiro deste ano, quando declarou que o governo federal poderia chamar os Correios para substituir a plataforma de transporte por meio de um aplicativo próprio.
“Posso chamar os Correios, que é uma empresa de logística, e dizer para criar um aplicativo e substituir. Aplicativos têm aos montes no mercado”, disse Marinho em entrevista ao jornal Valor Econômico.
Ainda não se sabe quais medidas o governo brasileiro tomará em relação à formalização dos motoristas de aplicativos e à possível saída da Uber do país. Entretanto, é certo que o tema continuará sendo alvo de debates e discussões entre os diversos setores envolvidos.