Neste sábado (16), Gilmar Mendes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), utilizou as redes sociais para questionar a necessidade da Polícia Rodoviária Federal (PRF) após o caso trágico envolvendo a morte da menina Heloísa dos Santos Silva, de apenas 3 anos.
O ministro não limitou sua crítica a esse incidente. Ele também lembrou o caso de Genivaldo Santos, um homem que foi asfixiado em uma viatura da PRF, e o comportamento da corporação durante as eleições do ano passado. Na ocasião, a PRF organizou blitze em locais onde o ex-presidente Lula (PT) havia recebido um número significativo de votos no primeiro turno.
Heloísa dos Santos Silva foi atingida por disparos na nuca e no ombro durante uma ação da PRF no Arco Metropolitano, na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro. Ela estava com sua família a caminho de sua casa em Petrópolis, região serrana do estado, quando foi baleada. A criança foi levada para o Hospital Municipal Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, onde estava na unidade de tratamento intensivo até o seu falecimento.
Nas redes sociais, escreveu o ministro:
“Ontem, Genivaldo foi asfixiado numa viatura transformada em câmara de gás. Agora, a tragédia do dia recai na menina Heloisa Silva. Para além da responsabilização penal dos agentes envolvidos, há bem mais a ser feito”
Com a série de eventos polêmicos e trágicos, Gilmar Mendes sugere que “para violações estruturais, medidas também estruturais” devem ser tomadas.
Embora o ministro tenha expressado sua opinião sobre a corporação, vale lembrar que qualquer transformação estrutural no órgão exigiria um debate mais amplo e abrangente, envolvendo diferentes esferas do governo e da sociedade.