Em uma movimentação que reforça a presença feminina no cenário judiciário brasileiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou nesta terça-feira (29) a indicação de Daniela Teixeira, reconhecida advogada progressista, para compor o quadro de ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A notícia, avançada por Vera Magalhães, colunista do “O Globo”, trouxe à tona o significado dessa escolha no complexo tabuleiro político-jurídico nacional.
Em meio a especulações e debates sobre a substituição da ministra Rosa Weber, que deixa o Supremo Tribunal Federal (STF) em setembro, a decisão de Lula em direcionar um olhar ao gênero feminino para a vaga do STJ sugere uma postura consciente de promover maior equilíbrio de gênero no Judiciário. Atualmente, das 33 cadeiras do STJ, apenas seis são ocupadas por mulheres. Com a adição de Teixeira, este número sobe para sete.
Teixeira, além de seu perfil progressista, é uma figura amplamente respeitada em seu campo, o que sem dúvida endossou sua indicação. Ela também possui um histórico que alinha-se com as visões do atual governo, tornando-se uma escolha estratégica em diversos aspectos.
Porém, o STJ ainda tem em aberto duas outras vagas que aguardam indicações. E enquanto muitos torcem para que a diversidade de gênero continue sendo uma prioridade, fontes internas indicam que homens são, até o momento, os mais cotados para estas posições.