Operação da PF revela plano golpista em celular de ex-auxiliar de Bolsonaro

Mensagens alarmantes descobertas em investigação.

A Polícia Federal (PF) descobriu evidências preocupantes de um plano golpista em conversas encontradas no celular de Mauro Cid, ex-auxiliar do ex-presidente Jair Bolsonaro. Essas conversas indicam ações com o objetivo de garantir a permanência de Bolsonaro no poder, mesmo após a sua derrota nas eleições de 2022.

Evidências encontradas no celular de Cid

Durante uma operação da PF para investigar a inserção de dados falsos nos sistemas de vacinação contra a Covid-19 do Ministério da Saúde, o celular do tenente-coronel foi apreendido. A análise do dispositivo revelou uma série de mensagens, áudios e documentos com intenções golpistas. Entre os documentos, estava um rascunho de um decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), um ato que pode ser usado pelo presidente para convocar as Forças Armadas em casos de esgotamento das forças tradicionais de segurança pública.

A operação também descobriu indícios de lavagem de dinheiro, além de tentativas de instituição do Estado de Defesa, outro ato de emergência reservado ao presidente.

As ligações de Cid

A PF encontrou mensagens trocadas entre Cid e Ailton Gomes, ex-major do Exército e candidato a deputado estadual pelo PL no Rio de Janeiro em 2022. Gomes era conhecido por se apresentar como “01 do Bolsonaro” durante a campanha.

A investigação da PF sugere que Gomes estava disposto a incentivar grupos de manifestantes a apoiar pautas antidemocráticas em favor de Bolsonaro. Há indícios fortes de que Gomes, além de ter uma relação próxima com Cid, também tinha contato direto com o ex-presidente.

Futuras Implicações das Descobertas

A análise do conteúdo do celular de Cid está em andamento, e acredita-se que haverá novas revelações. Em depoimento à PF, Cid não comentou sobre possíveis planos de militares próximos a Bolsonaro para realizar um golpe de Estado. Entretanto, as evidências encontradas até agora já são profundamente perturbadoras e levantam sérias questões sobre a estabilidade democrática no Brasil.