Deputados federais vinculados a partidos de oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciaram a intenção de protocolar um pedido de impeachment contra o mandatário. A medida é uma resposta direta às declarações recentes de Lula, que traçou um paralelo entre as ações militares israelenses na Faixa de Gaza e os horrores do Holocausto durante a Segunda Guerra Mundial. O presidente brasileiro fez suas observações em um comentário público, indicando uma comparação histórica polêmica: “O que está acontecendo na Faixa de Gaza e com o povo palestino não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu: quando o Hitler resolveu matar os judeus”.
Esta comparação gerou forte reação entre os parlamentares da oposição, principalmente aqueles afiliados ao PL, partido liderado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, mas também envolvendo membros do Republicanos, Progressistas e União Brasil. Carla Zambelli, deputada federal pelo PL de São Paulo e proponente da iniciativa do impeachment, argumentou que as ações em Gaza não podem ser comparadas com o genocídio de milhões de judeus, destacando a necessidade de respeitar o povo de Israel e a memória do Holocausto.
A repercussão das declarações de Lula também foi criticada por Mario Frias, deputado federal pelo PL-SP e ex-secretário de Cultura durante o governo Bolsonaro. Frias destacou que as palavras do presidente não apenas desrespeitam a memória histórica, mas também prejudicam potenciais parcerias estratégicas do Brasil com Israel, um reconhecido centro de inovação militar e tecnológica.
O processo de impeachment no Brasil é um mecanismo de controle e responsabilização política, pelo qual o Congresso Nacional pode julgar crimes de responsabilidade cometidos por ocupantes de cargos públicos. Para que um pedido de impeachment prossiga, é necessário que o presidente da Câmara dos Deputados, atualmente Arthur Lira (PP-AL), aceite a solicitação.
Confira a declaração de Lula: