A presidente Dilma Rousseff (PT) enfrenta um novo turbilhão em sua vida política em Brasília. A indicação de rejeição de suas contas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) fez reativar o discurso de impeachment do seu mandato. Opositores ferrenhos a petistas começam a chamá-la de "Ficha Suja".
O deputado federal Lúcio Vieira Lima (PMDB) é um deles. Para o peemedebista, existe agora o paralelo da "presidente ficha borrada" com prefeitos brasileiros. "Muito sabem que diversos candidatos a prefeitos tiveram seus registros de candidaturas cassados só com base em pareceres de rejeição de Tribunais de Conta. Isso agora serve também para a presidente", afirmou.
Questionado se o fato acelera o processo de afastamento da petista, Lúcio foi enfático: "Quiserem implantar o discurso do golpe, mas não existe golpe. Isso é a prova viva de que existe um crime de responsabilidade", disse.
Quem também ecoou o discurso de "ficha suja" foi o deputado federal José Carlos Aleluia (DEM). A indicação das rejeições, de acordo com o democrata, oficializou que existe "uma sujeira". "A presidente entra no rol dos políticos ficha-sujas. Estamos sendo governados por uma presidente com um atestado oficial de ficha-suja", discorreu.
Os opositores estaduais também repercutiram o fato. O deputado Pablo Barrozo (DEM), por exemplo, foi um dos que usou as redes sociais para manifestar sua opinião sobre o assunto. "Mesmo com chantagens e intimidações do governo, as contas da presidente Dilma foram reprovadas por unanimidade pelo Tribunal de Contas da União. Mais uma página vergonhosa para o Brasil escrita pelo PT", publicou.