A manhã desta segunda-feira, 13, foi marcada por cobranças na Câmara de Vereadores de Paulo Afonso. O vereador e líder da oposição, Marconi Daniel (PV), trouxe à tona uma problemática grave: o não cumprimento por parte da Prefeitura Municipal do pagamento do piso aos agentes de endemias. Na tribuna, o parlamentar classificou a situação como “desumana”.
“O governo federal já tem, o estadual já estabilizou a lei, mas Paulo Afonso não é a cidade onde se cumpre lei. Não é fácil você sair de casa às 7h da manhã e estar exposto ao sol de Paulo Afonso visitando de porta em porta residências, e o pior, e não ter a garantia que a lei estabelece. Se a Prefeitura alegar que não tem dinheiro, é mentira, porque tem muito. Pais de famílias devem receber. O problema é fácil de resolver, basta tirar os funcionários com cargos altos que sequer frequentam a prefeitura e garantir a dignidade do trabalhador e pai de família. Os agentes de endemias merecem respeito”, concluiu.
Os problemas com a falta de pagamento só crescem. “Além do não pagamento do piso salarial aos agentes de endemias, a gestão municipal ainda acumula dívidas a fornecedores, que cansados de promessas, cruzaram os braços e só aceitam retomar as atividades caso o débito seja quitado. Tem empresa que desde a época da pandemia ainda está sem receber, o que só reforça a falta de planejamento e zelo com o dinheiro público”, conta.
Ainda na tribuna, o parlamentar cobrou, pela segunda vez, que a prefeitura efetue dá conta de energia do projeto Flores da Bahia, nos povoados Tigre, Baixa do Boi e Luduvico. Marconi alegou que o projeto está sob ameaça de paralisação por falta de água caso a prefeitura não honre o acordo feito com a Coelba de pagamento até amanhã, 14.
“São cinco meses sem pagar a conta da energia que leva água às plantações. Os trabalhadores precisaram deixar seu serviço para vir à porta da prefeitura fazer cobranças. Soube que seria pago hoje, mas eu só acredito vendo o comprovante, isso não é favor, é compromisso da prefeitura que precisa ser cumprido”, cobrou.
Transporte público
A luta pela melhoria do transporte público na cidade também foi outro ponto discutido durante a sessão por Marconi.
“Não vai me convencer essas migalhas que a Viação Atlântico quer fazer em Paulo Afonso. Ela tem que seguir à risca o edital. Queremos ônibus novos na cidade, chega de lataria e sucata rodando e comprometendo a vida dos pauloafonsinos. Vamos fazer uma audiência pública para evidenciar o que é de responsabilidade do Atlântico cumprir. Se a Atlântico não cumprir, é preciso que outras empresas comprometidas venham a operar no transporte público de Paulo Afonso.
E completou: “Não existe Paulo Afonso ter uma passagem quase igual a Aracaju e fornecer esse verdadeiro desserviço. A passagem hoje aqui é R $4,00, em Aracaju custa R $4,50. Como é que pode? É preciso que se forneça um transporte de qualidade para o povo ter direito à dignidade e possa ir e vir para o trabalho de forma descente”, destacou.
Por fim, Marconi exibiu no plenário da Câmara o depoimento de vítimas da “farra dos terrenos” que vem causando prejuízos a várias famílias. E se comprometeu: “Irei continuar fiscalizando essa situação vexatória, porque o nosso papel é continuar cobrando para que irregularidades não continuem ocorrendo”, finaliza.
Por Assessoria de Comunicação
