Paulo Afonso: Informativo da Secretaria Municipal de Agricultura e Aquicultura – Alteração da Safra 2017

Apesar do Município de Paulo Afonso este ano ter sido agraciado por um inverno com bastante chuva, a safra de milho e feijão da região talvez não atinja o percentual de 40% da produção esperada. Consequentemente tem-se fortes indícios de uma perda de aproximadamente 60% da safra.

A estatística deve-se a um estudo realizado pelos técnicos agropecuários e agrônomos da Secretaria Municipal de Agricultura e Aquicultura que apontam que entre os setenta e quatro povoados da região, apenas quinze terão uma safra regular.

O estudo divide o fenômeno da baixa produtividade da safra em dois fatores distintos: o primeiro fator é o referente à crença dos agricultores que o ano de 2017 não teria um bom percentual de chuvas. Tal situação agravou-se no primeiro trimestre de 2017 que ratificou a escassez da chuva por ter os meses de janeiro a março praticamente sem chover, e com isso, houve uma redução da área do plantio de milho e feijão na região com o surgimento das primeiras chuvas.

Entretanto, os poucos agricultores da região que arriscaram o plantio, decorrente das precipitações de chuvas ocorridas em maio para o preparo do solo e a plantação do milho e do feijão estão com a safra garantida, porém as chuvas não foram distribuídas a todos os povoados.

Por essas inconstâncias pluviométricas o município possui hoje uma desconformidade na safra. Pois já no mês de junho houve uma intensa precipitação pluviométrica em toda a região, o que possibilitou aos agricultores que estavam sem plantio iniciarem suas plantações com uma boa fase de crescimento, a forma de bonecas.

Mais uma vez ocorreram oscilações pluviométricas, agora no mês de julho, e com uma considerável redução das chuvas, algumas propriedades já dão indícios de perda da safra e devido à ausência da chuva, as fases de formação dos grãos foram totalmente prejudicadas. Já para o mês de agosto, mais uma vez espera-se um quadro de chuvas uniformes que possam garantir a safra e com isso mitigar perdas.

O segundo fator trata-se da ausência de sementes selecionadas, sendo justificada pelos agricultores que com os poucos recursos financeiros que dispunham se viram obrigados a adquirir sementes sem procedência no mercado e de baixo custo financeiro.

Um fator curioso dessas oscilações das chuvas na região refere-se à pecuária, pois as chuvas, mesmos que intermitentes, tiveram um papel fundamental na formação da pastagem, o que trouxe para os agricultores (pecuaristas) uma imensa satisfação ao garantir alimento para os animais durante o verão, já que durante um período de seis anos de seca, sendo o ano de
2016 o mais severo, sofreram com a perda de animais por falta de alimento.