Paulo Afonso: Luiz Aureliano lamenta falta de médico no Hemoba

O período sempre é motivo de preocupação para as autoridades de saúde e as campanhas de coleta tornaram-se quase que pontuais nesta época do ano. Em Paulo Afonso, desde a implantação do HEMOBA em 2008, a unidade em nenhum instante precisou participar de alguma campanha de mobilização.

A coleta de sangue preenchia as necessidades básicas do Hemoba, do Hospital Nair Alves de Souza, do Hospital Municipal de Paulo Afonso, a Clirenal a Clínica Santa Mônica e agora a Unisaúde. Entretanto, os tempos mudaram e o processo de transferência do HNAS para a UNIVASF, em andamento, praticamente inviabilizou a permanência de um médico/clínico nas dependências do Hemoba.

O médico, na verdade, existe, mas é contratado somente para atender duas vezes por semana. Com isso a unidade consegue captar cerca de 30 bolsas de sangue por semana. “O ideal seria que nós conseguíssemos coletar 20 bolsas/dia”, enfatiza a coordenadora da Unidade de Coleta e Transfusão, Ângela Maria Souto Maichszak. Essa carência é unicamente devido à falta de um profissional clínico.

(Foto Divulgação)
(Foto Divulgação)

A notícia foi recebida, nesta quinta-feira (05), com frustração pelo vereador Luiz Aureliano de Carvalho Filho (PT). O parlamentar que é médico há mais de 30 anos tendo sido inclusive um dos responsáveis pela consolidação do Hemoba no município após muitas idas e vinda a Salvador se avistar com o então secretário Estadual de saúde Jorge Sola. “É uma lei”. É preciso ter o médico. Precisamos compreender isso, enfatizou Aureliano.

“De qualquer forma, ainda nos resta o nosso eterno voluntário para continuar colaborando conosco nestes dias de coleta”, informa a enfermeira responsável pela unidade, Ângela Maria Souto Maichszak. Somente a título de conhecimento: o HNAS consome mais de 80 bolsas de sangue por mês.

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, a estimativa para manter-se um nível de estoque positivo é necessário que pelo menos 3% da população doe sangue de forma regular. No Brasil, dados do Ministério da Saúde evidenciam que 1,7% da população é doadora, sendo dominante os que optam pela doação na tentativa de ajudar amigos ou parentes.

As condições básicas para doar sangue incluem boa saúde, portar documento oficial de identidade com foto e idade entre 16 e 69 anos incompletos. A necessidade de sangue é constante. Transfusões de sangue fazem a diferença entre a vida e a morte para centenas de pacientes. Estima-se que de cada 10 pacientes internados pelo menos um necessitará de sangue.

Por Luiz Brito 3.193 / Agecom