Os consumidores brasileiros começaram a semana com uma notícia econômica positiva: o preço médio da gasolina nos postos de todo o país apresentou uma nova redução, agora de R$ 0,04 por litro, marcando a décima semana consecutiva de quedas. Essa diminuição vem na esteira dos cortes promovidos pela Petrobras, a estatal responsável pela produção e distribuição de combustíveis.
De acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), o litro da gasolina comum está sendo comercializado, em média, a R$ 5,65. Essa cifra representa um decréscimo acumulado de R$ 0,09 por litro desde o último ajuste de preços nas refinarias, efetuado no dia 21 de outubro, alinhando-se às expectativas da Petrobras quanto ao repasse aos consumidores.
Essa sequência de reduções levou o valor do combustível aos níveis de agosto deste ano, período anterior ao último aumento promovido pela estatal. A queda contínua nos preços tem tido papel relevante na contenção da inflação, impactando positivamente na desaceleração do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15).
Por outro lado, o diesel S-10, componente vital para o setor de transporte de cargas, manteve-se estável, com leve aumento de R$ 0,01, fixando-se em R$ 6,26 por litro na última semana. Este cenário reflete as tensões no mercado internacional, decorrentes de interrupções no fornecimento de refinarias, suspensões de exportações de petróleo russo e a aproximação do inverno no Hemisfério Norte, fatores que pressionam o preço do combustível.
No entanto, a recente baixa nas cotações internacionais pode indicar um cenário de alívio para a Petrobras. Segundo informações do setor, a empresa já opera com preços quase alinhados à paridade de importação, um indicativo calculado pela Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom). Na abertura do mercado desta segunda-feira, o preço do diesel estava apenas R$ 0,03 acima do valor de referência da Abicom, enquanto a gasolina excedia em somente R$ 0,01.
Desde maio, quando foi adotada a nova política de preços dos combustíveis, a Petrobras tem praticado valores inferiores aos de paridade internacional. A empresa justifica essa estratégia com a vantagem competitiva e os componentes de preços que permitem a manutenção da rentabilidade, mesmo com eventuais defasagens.
