A Polícia Federal (PF) pediu ao juiz Sergio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato em primeira instância, a transferência de oito presos da 14ª fase da Operação Lava Jato para o Complexo Médico-Penal em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.
Entre eles estão o presidente da Odebrecht S.A, Marcelo Odebrecht, e o presidente da Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo. O grupo está preso na carceragem da PF, em Curitiba, desde o dia 19 de junho.
O complexo é uma penitenciária de regime fechado e com finalidades médicas. O pedido de transferência foi feito pelo delegado da PF Igor Romário de Paula, na terça-feira (22). Ele alegou dificuldades de espaço para manter os detentos na carceragem.
"Decorrido este período, todos eles já foram ouvidos e, em que pese não tenham em sua maioria contribuído para o esclarecimento dos fatos, estando ainda presente circunstâncias que recomendem a manutenção de todos sob custódia, não há porque mantê-los ainda na carceragem da Polícia Federal em Curitiba", justificou o delegado.
O pedido de transferência foi feito para os seguintes presos:
Marcelo Bahia Odebrecht, presidente da holding Odebrecht S.A.
Alexandrino de Salles Ramos de Alencar, ex-diretor da Odebrecht
César Ramos Rocha, diretor da Odebrecht
Elton Negrão de Azevedo Júnior – Executivo da Andrade Gutierrez
João Antônio Bernardi Filho, ex-funcionário da Odebrecht
Márcio Farias da Silva, ex-diretor da Odebrecht
Otávio Marques de Azevedo – presidente da Andrade Gutierrez
Rogério Santos de Araújo, ex-diretor da Odebrecht
Atualmente, oito presos da Lava Jato estão detidos no complexo médico. São eles: André Vargas, Luiz Argôlo, Pedro Corrêa, João Vaccari Neto, Mário Góes, Adir Assad, Fernando Baiano e Renato Duque.