PF prende Braga Netto, ex-ministro de Bolsonaro, em investigação sobre golpe

PF detém Braga Netto, ex-ministro e candidato à vice-presidência em 2022, por suspeita de liderar planejamento de golpe; ações incluem financiamento e reuniões clandestinas.

Foto: André Dusek/ Estadão Conteúdo

Neste sábado (14), a Polícia Federal prendeu o general da reserva Walter Souza Braga Netto, em Copacabana, Rio de Janeiro. A prisão faz parte do inquérito que investiga uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Além da detenção, a PF também realizou buscas na residência do militar, buscando evidências que reforcem as acusações.

Braga Netto, que ocupou os cargos de ministro da Casa Civil e da Defesa no governo de Jair Bolsonaro, também foi candidato à vice-presidência na chapa derrotada nas últimas eleições. A PF aponta que ele desempenhou um papel central na organização das ações ilícitas. Entre as acusações estão a coordenação de operações clandestinas com militares das Forças Especiais e o financiamento direto dessas atividades, incluindo a entrega de dinheiro em uma sacola de vinho para custear as ações.

Os investigadores afirmam que Braga Netto tentou acessar dados confidenciais da colaboração premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, e buscou alinhar versões entre os investigados para dificultar a apuração. Ele também é acusado de liderar reuniões secretas para planejar medidas que impedissem a posse do governo eleito.

A defesa de Braga Netto não se pronunciou até o momento. Em novembro, quando foi indiciado pela PF, ele declarou que nunca participou de qualquer tentativa de golpe. A prisão preventiva foi justificada pela PF como necessária para proteger a ordem pública, devido ao risco de reincidência em ações ilícitas.

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