Os policiais civis da Bahia decidiram tomar uma medida drástica para chamar a atenção do governo estadual para suas reivindicações salariais. Durante Assembleia Geral Extraordinária realizada na manhã desta quinta-feira (4), a categoria decidiu “ocupar” a Assembleia Legislativa (AL-BA) como forma de protesto contra o reajuste linear de 4% proposto pelo governo. Além disso, os profissionais estabeleceram que vão participar da Plenária Unificada com as demais categorias do funcionalismo público baiano, na próxima terça-feira (9), às 9h, na sede da Associação dos Funcionários Públicos (AFPEB).
O objetivo da ocupação da AL-BA é dialogar com os parlamentares e pressionar o governo a implementar o “Salário de Nível Superior” previsto na Lei Orgânica 11.370/2009, principal pleito da categoria. Segundo o presidente do Sindpoc, Eustácio Lopes, os investigadores, escrivães e peritos técnicos foram enquadrados como carreiras de nível Superior pelo Estado desde 2009, mas continuam recebendo salário correspondente ao nível médio.
Para Kleber Rosa, investigador e coordenador-geral da Federação dos Trabalhadores Públicos da Bahia (Fetrab), a valorização da Polícia Civil é fundamental para adotar um novo modelo de Segurança Pública que priorize a investigação criminal em detrimento do paradigma de militarização e de confronto. “O salário de nível superior é um pleito crucial para o reconhecimento e a valorização dos policiais civis.
É inadmissível estarmos, desde 2009, lutando pelo enquadramento ao salário de nível superior sendo que é algo que está previsto na Lei Orgânica de 11.370/2009. A Fetrab reitera a luta em defesa dos servidores públicos do nosso Estado”, enfatizou Rosa.
De acordo com o presidente da Força Sindical Bahia, Emerson Gomes, o Estado adota uma postura unilateral de “definir e impor” sem dialogar com os servidores. “O servidor público é trabalhador e o Estado precisa negociar com os trabalhadores. É fundamental que a gestão tenha um olhar diferenciado para os policiais civis que estão na linha de frente lutando todos os dias contra a violência e o crime organizado“, pontuou o sindicalista.
Na mesa da Assembleia Geral Extraordinária estavam presentes, além do presidente do Sindpoc e do presidente da Assipoc, o investigador e coordenador-geral da Fetrab, o perito técnico e vice-presidente do Sindpep, o deputado estadual Hilton Coelho (PSOL) e o presidente da Associação dos Escrivães (Aepeb-Sindicato), Jeferson Barlito.
Os policiais civis baianos prometem lutar por seus direitos e fazer sua voz ser ouvida pelos governantes e representantes políticos. A ocupação da AL-BA é apenas uma das ações previstas para pressionar o governo a atender suas reivindicações, que incluem a implementação do “Salário de Nível Superior” e a reposição das per