Em uma recente reviravolta nos corredores políticos de Brasília, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro manifestou interesse em dar uma entrevista coletiva. O objetivo: esclarecer os gastos identificados pela Polícia Federal, que têm provocado uma série de especulações e dúvidas.
O movimento de Michelle, contudo, acendeu o alerta no PL, partido de seu marido, o ex-presidente Jair Bolsonaro. A preocupação central do partido é a possibilidade de que a ex-primeira-dama possa se expor excessivamente, correndo o risco de se confundir e dar margem a perguntas sobre temas delicados.
Entre as questões que o partido receia que sejam abordadas estão a posse de joias, a suposta adulteração do cartão de vacina e outras suspeitas que pairam sobre o ex-presidente Bolsonaro. O PL, portanto, se vê em uma encruzilhada. Por um lado, compreende a necessidade de esclarecer os gastos identificados pela Polícia Federal. Por outro, está cauteloso diante do potencial de um cenário mais amplo de questionamentos.
A decisão de Michelle Bolsonaro de se pronunciar publicamente parece ter sido impulsionada pela repercussão da explicação apresentada pela defesa de Jair Bolsonaro na noite de segunda-feira (15/5). Os jornais, ao publicarem a resposta da defesa, parecem ter acendido uma faísca de otimismo na ex-primeira-dama.