As movimentações políticas em torno do Progressistas na Bahia indicam um possível retorno da legenda à base do governo estadual de Jerônimo Rodrigues (PT). De acordo com informações de líderes do governo, o interesse em receber o apoio do partido está crescendo, especialmente após rumores de um rompimento entre o Progressistas e o União Brasil.
As conversas internas revelam que a principal dificuldade para a reaproximação seria a dinâmica interna do próprio Progressistas, que está passando por debates significativos. Apesar da presença de deputados estaduais do partido na atual gestão, a ala ligada ao deputado federal João Leão, ex-presidente estadual da legenda, tem demonstrado resistência em relação ao apoio ao governo.
Desde a eleição de 2022, o Progressistas mudou seu alinhamento político, optando por apoiar a candidatura de ACM Neto (União Brasil), o que gerou controvérsias dentro do próprio partido. Para tentar atrair o Progressistas de volta, a administração de Jerônimo Rodrigues considera oferecer uma secretaria de primeiro escalão como compensação.
Mário Negromonte Jr., presidente estadual do Progressistas, enfrenta um desafio significativo ao buscar o apoio da legenda em meio à pressão da ala dos Leões, que ainda possui influência em Brasília. O senador Ciro Nogueira, atual presidente do partido, também expressou sua oposição à gestão petista, reforçando que, se dependesse dele, o Progressistas estaria distante do governo.
A relação entre o Progressistas e o União Brasil pode estar se deteriorando ainda mais. O apoio de ACM Neto ao pré-candidato Dr. Juliano Medeiros (Republicanos) em Paulo Afonso pode ser um fator decisivo para a ruptura entre os partidos. Essa adesão, considerada por alguns como uma estratégia deliberada de Neto, está sendo interpretada como uma provocação direta a Mário Negromonte Jr.
Em resposta a esses desdobramentos, Negromonte Jr. solicitou uma lista de municípios que possuem acordos entre o Progressistas e o União Brasil, demonstrando a preocupação em manter a coesão do partido em meio a um cenário político instável.