O presidente da Câmara Municipal de Barra da Estiva, na região da Chapada Diamantina, Valdnei da Silva Caires, renunciou ao cargo na terça-feira (7) em meio a uma investigação que o coloca como suspeito do desaparecimento de Beatriz Pires dos Santos Silva, uma mulher de 25 anos, grávida de seis meses. Beatriz Pires foi vista pela última vez no dia 11 de janeiro entrando no carro do Sindicato dos Trabalhadores Rurais da cidade.
A grávida, que é mãe de uma garota de dois anos, foi filmada por uma câmera de segurança entrando no carro do Sindicato, que era frequentemente utilizado por Caires. Dias após a imagem chegar ao setor de investigação da polícia, um mandado de busca e apreensão foi cumprido no gabinete do suspeito, e agentes policiais encontraram uma CPU. No momento da busca, o então presidente da Câmara estava afastado por 15 dias, apresentando um atestado médico. Na mesma ocasião, outro mandado de busca e apreensão foi cumprido em uma fazenda da cidade. Até o momento, a Polícia Civil não informou qual a relação entre a grávida desaparecida e o vereador investigado.
Vinte e quatro dias depois do desaparecimento da mulher, familiares e amigos saíram às ruas de Barra do Estiva exigindo das autoridades uma resposta sobre o caso. Diante do crescente clamor público, vereadores protocolaram um abaixo-assinado na secretaria da Casa pedindo que Caires deixasse o cargo de presidente da Câmara. Antes mesmo do anúncio do abaixo-assinado, Caires divulgou um comunicado renunciando ao cargo, afirmando que a decisão era “irrevogável e irretratável”.
Essa situação chama a atenção para a importância de se investigar casos de desaparecimento e de se buscar justiça para as vítimas e suas famílias. Até o momento, não há informações sobre o desfecho das investigações em relação ao sumiço da grávida em Barra da Estiva.
