O presidente do diretório estadual do PT na Bahia, Everaldo Conceição, definiu como sensacionalista a postura da Polícia Federal (PF) durante o cumprimento dos mandados de busca da Operação Hidra de Lerna, na manhã desta terça-feira (4), na sede do partido, em Salvador.
A operação deflagrada hoje investiga um grupo responsável pela possível prática de financiamento ilegal de campanhas políticas na Bahia e esquemas de fraudes em licitações e contratos no Ministério das Cidades. Ela deriva de três colaborações de investigados na Operação Acrônimo, já homologadas pela Justiça
"Foi sensacionalista. Recebi fotos e vi que foi tudo arrombado, romperam as instalações da rede de internet e arrombaram todas as portas. Lá só funciona a partir das 8h15, eles chegaram bem antes disso", lamentou Conceição, em entrevista ao CORREIO.
Ainda de acordo com Everaldo, as prestações de contas do PT e da campanha do governador Rui Costa já estão no tribunal e, ainda segundo ele, já foram analisadas e aprovadas. "Nunca fomos procurados pela justiça para qualquer tipo de informação e não admitimos a depredação do patrimônio", finalizou.
Em nota, a bancada do Partido dos Trabalhadores na Assembleia Legislativa da Bahia também criticou a ação. "A PF realizou uma operação de busca e apreensão com um mandado genérico, inespecífico e desacompanhado da decisão que determinou a sua expedição", diz o texto.
O documento fala ainda que em nenhum momento os dirigentes do PT negaram o acesso da Polícia Federal ou do Poder Judiciário aos documentos arrecadados e reforça que todos esses documentos estão encartados no processo de prestação de contas e são acessíveis por qualquer pessoa.
"Toda a contratação de empresa para a campanha de 2014 pelo Partido dos Trabalhadores e seus candidatos foi regular, legal e legitima", diz o documento. Ainda de acordo com a nota, a ação resultou em prejuízos patrimoniais para o PT, além de desperdício de dinheiro público.