Presidente do PT na Bahia defende MST após integrantes invadirem fazendas na região

Nesta sexta-feira (3), Éden Valadares, presidente do Partido dos Trabalhadores da Bahia (PT-BA), discutiu os últimos casos de invasão de propriedades por integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) na Bahia.

De acordo com o líder petista, a mobilização no Extremo Sul tem como propósito protestar contra os danos ambientais causados ​​pela monocultura do eucalipto na região. Éden acredita que os movimentos sociais recuperaram o direito de se expressar com a restauração do ambiente democrático no Brasil durante a administração de Lula.

“O ambiente do governo Bolsonaro de perseguição a indígenas, agricultores familiares e quilombolas não permitia aos movimentos sociais retomar essa agenda, que é uma agenda de protesto, não é uma agenda de retomar a terra. É uma agenda de protesto legítima e totalmente vinculada aos desafios do meio ambiente do século 21. No caso específico das fazendas no Extremo Sul, é chamar atenção para a crise crime ambiental, e cabe ao governo do presidente Lula, ao ministro Paulo Teixeira fazer a mediação desses interesses ou ter essa contradição, acho que tudo dentro da maior normalidade democrática”, explica Éden.

Para ele, a inexistência de uma reforma agrária no Brasil é um impulsionador de divergências.

“Há um conflito agrário no Brasil secular com relação a ausência de uma reforma agrária histórica no Brasil – quase todos os outros países da América produziram algum tipo de reforma agrária que democratizasse acesso à sua terra mesmo os Estados Unidos e Canadá, e no Brasil não. Então, talvez seja o país de maior número de latifúndios nas Américas”, finalizou.

Nesta sexta, militantes do MST foram retirados à força de uma fazenda por agricultores em Jacobina. Aproximadamente 150 integrantes do Movimento estavam acampados, mas foram desmobilizados por um grupo de produtores e moradores que os enfrentaram. 

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