O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), vai ignorar a decisão do presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão, de anular a votação dos deputados que, no dia 17 de abril, admitiram a abertura do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.
Em encontro na residência oficial do Senado nesta segunda-feira, 9, o peemedebista sinalizou a pessoas próximas que não vai levar em conta a manifestação do presidente interino da Câmara que ordenou uma nova votação pelos deputados. Aliados que estiveram com Renan dizem que ele foi pego de surpresa pela decisão de Maranhão. Mas o presidente do Senado deverá anunciar ainda nesta segunda em plenário que não há mais como atender o recurso da Advocacia-Geral da União para voltar o caso para a Câmara porque o pedido já foi aprovada por aquela Casa por decisão colegiada.
Dessa forma, o presidente do Senado pretende manter a votação prevista para quarta-feira, 11, da instauração do processo contra Dilma com o consequente afastamento da petista. Por volta das 16 horas, Renan leu sua decisão rechaçando Maranhão e confirmando a votação em desfavor da presidente para daqui a dois dias.