Investigadores da Operação Lava Jato avaliam pedir a abertura de um novo inquérito ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a partir de delações de empresários da Carioca Engenharia que apontaram o pagamento de propina ao congressista em contas secretas no exterior.
Foi encontrado o elo entre o esquema para liberação de verbas do fundo de investimentos do FGTS para o projeto do Porto Maravilha, no Rio, e os recursos que seriam desviados de contrato da Petrobras para um campo de exploração na África e que teria Cunha como beneficiário. Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, a ligação entre as movimentações financeiras atribuídas ao peemedebista no exterior seria a conta de Esteban Gárcia no banco Merrill Lynch, no Estados Unidos.
Cunha nega ligação com o esquema de corrupção da Petrobras. Em dezembro, a “Época” revelou que delatores da Carioca Engenharia citaram três contas bancárias no exterior informadas por Cunha. Neste domingo (31), a Folha mostrou que a tabela de transferências entregue pelos delatores inclui mais duas contas.