Professor petista afirma que foi preso injustamente e sofreu agressões de policiais militares

Na última quarta-feira (20), o professor e dirigente petista Arquidones Bites, preso em 2021, na cidade de Trindade (GO), por se recusar a remover do automóvel uma faixa escrita “Fora Bolsonaro Genocida”, afirmou à Justiça que sofreu agressões físicas de policiais militares e foi detido injustamente.

“Levei uma rasteira, um chute no pé com muita força e caí. Um policial torceu meu braço para trás, outro me enforcou forte mesmo, muito forte. O outro já me algemou. E outro me deu um murro nas costas. Os quatro policiais militares estavam armados”, explicou Bites em depoimento à Justiça Militar.

De acordo com o docente e ex-vereador, o tenente Marlon Jorge impôs que ele removesse a faixa contra Bolsonaro do capô de seu carro, com base na Lei de Segurança Nacional. “Se você não tirar, vai ser preso”, narrou Bites, que não quis retirar o cartaz. Falou que era seu direito e liberdade utilizar a faixa. “Você duvida?”, disse o policial, conforme o professor, ameaçando a prisão.

Em maio do ano passado, a PM de Goiás e a PF descartaram usar a Lei de Segurança Nacional contra o Arquidones, contrariando a razão da prisão anunciada pelo tenente. Já em setembro, a lei herdada da ditadura foi invalidada pelo Congresso.