Professores das quatro universidades estaduais da Bahia (UNEB, UESB, UEFS e UESC) estão ameaçando novas paralisações caso o Governo do estado não defina uma data para a abertura da mesa de negociação com o movimento docente. A categoria vem lutando por avanços em sua pauta de reivindicações, com destaque para o reajuste salarial.
No dia 12 de abril, os docentes realizaram uma paralisação de 24 horas para pressionar o governo. Segundo Alexandre Galvão, presidente da Adusb e coordenador do Fórum das Associações Docentes Baianas, até o momento, o governo não apresentou uma posição em relação às reivindicações da categoria, nem mesmo após a reunião com o secretário Luiz Caetano.
Galvão relata que os professores já realizaram dois encontros com a Secretaria de Relações Institucionais do Estado da Bahia (SERIN), mas não houve negociação efetiva. Ele afirma que o diálogo é importante, mas o que a categoria quer é negociação e soluções. Por isso, a principal luta dos professores agora é que a mesa de negociação seja aberta.
“Não há negociação. O que ocorreu até agora foram dois encontros com a SERIN para apresentarmos a nossa pauta de reivindicações. Até o momento, não houve posição do governo sobre o nosso pleito nem mesmo na reunião que tivemos com o secretário Luiz Caetano. Por isso, a nossa principal luta agora é que a mesa de negociação seja aberta. O diálogo é importante mas queremos negociação e soluções”, afirma.
Os docentes ressaltam que a luta não é apenas pelo reajuste salarial, mas também por melhores condições de trabalho, investimentos em pesquisa e extensão e garantia de autonomia universitária. A categoria espera que o governo avance nas negociações e apresente uma proposta justa e satisfatória para a categoria.
A situação dos professores das universidades estaduais da Bahia se tornou um impasse entre a categoria e o governo estadual. Caso o governo não avance nas negociações, novas paralisações poderão ocorrer, conforme será decidido nas próximas assembleias dos professores. A abertura da mesa de negociação é fundamental para que se possa chegar a um acordo entre a categoria e o governo.