Professores de Glória paralisam atividades e entram em greve por tempo indeterminado

Os professores da rede municipal de Glória, distante 5km de Paulo Afonso, deflagraram uma greve, na última segunda-feira (26) e todas as atividades foram suspensas por tempo indeterminado.

De acordo com um comunicado postado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB), núcleo de Glória, informa que depois de muitas tentativas de negociação, os profissionais decidiram manter a greve.

Ainda de acordo com o comunicado, todos os anos, o Governo Federal envia recursos exclusivos e que, segundo a APLB, não estariam sendo repassados a classe. Eles alegam que no ano passado, o reajuste era de 7,64% e o mesmo não foi repassado.

Esse ano, o Governo Federal decretou um aumento de 6,81%. O órgão também afirma que, antes da  greve, o prefeito David Cavalcante (PP) pediu um prazo de 30 dias para avaliar a situação financeira, para depois fazer uma proposta do reajuste.

O que a prefeitura diz

Em contato com o secretário municipal de educação, Nivaldo Lopes de Morais, ele informou que em conversa com os professores, o gestor ofertou um reajuste de 1% e que, segundo ele, sem condições, trará um déficit de mais de R$ 300 mil por mês.

"Esses 6,81% que o Governo autorizou de reajuste, deve ser entendido como decreto, mas não como repasse. Esse valor não chegou as finanças do Fundeb do município de Glória”, afirma.

Sobre o cumprimento da educação em Glória, o secretário diz que o município vem arcando com as responsabilidades. “Nosso dever de aplicar 25% da receita do município na educação e além disso, é aplicado mais 26% na pasta de educação”, enfatiza.

Calendário letivo

Com a greve por tempo indeterminado, os alunos poderão atrasar as aulas e possivelmente, as aulas devam seguir até 2019.

“Devemos entender que a qualidade do ensino é obtida através do reajuste salarial, mas não só através dele. É um conjunto de ações: Merenda, transporte, condições de funcionamento da escola, além do professor sempre reciclado, com capacitações. Devemos nos preocupar com todos que compõem o corpo educacional”, acrescenta o secretário de educação.

Por esse ano ser atípico, com vários feriados e Copa do Mundo, Nivaldo disse que a depender da durabilidade da greve, será inviável cumprir os 200 dias letivos. “Já determinamos que não vamos repor as aulas aos sábados e domingos, isso por que, a gente percebe que nesses dias, o aluno não rende. Essa preocupação são de todos que fazem a rede municipal e logo após o feriado de Páscoa, vamos avaliar toda as ituação”, conclui.