A proposta de aumento salarial de 5,69% para professores estaduais, sugerida pelo governo de Jerônimo Rodrigues (PT), continua insatisfatória para a categoria. Após 18 assembleias realizadas nesta sexta-feira (17), a APLB (sindicato dos professores estaduais) decidiu por uma nova paralisação nas próximas segunda (20) e terça-feira (21) para pressionar o governo baiano.
Essas manifestações têm sido frequentes, com professores comparecendo à sede da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) no Centro Administrativo da Bahia (CAB) para reforçar suas reivindicações. A APLB afirmou que a paralisação será abrangente em toda a rede estadual de ensino da Bahia.
Apesar das diversas paralisações, o presidente da APLB, Rui Oliveira, disse em entrevista que o governo da Bahia ainda não iniciou negociações com os servidores públicos, especialmente os professores estaduais, sobre o reajuste salarial linear de 4% para todos os servidores estaduais. O plano do governo Jerônimo prevê um aumento de 2% a partir de 1º de maio de 2024 e mais 2% a partir de 31 de agosto de 2024, beneficiando todos os servidores ativos e inativos.
Segundo Oliveira, o governo está tentando conter a insatisfação liberando precatórios, mas a proposta de reajuste de 4% enviada à AL-BA ainda não foi discutida. O governo prevê que o reajuste gerará um aumento na despesa de pessoal de R$ 463,7 milhões em 2024. Para 2025 e 2026, o aumento anual será de R$ 890.620.551,00.
Além do reajuste de 4% para todos os servidores estaduais, há uma proposta de aumento adicional de 5,69% específica para os professores. No entanto, essa oferta foi rejeitada pela categoria, que a considera inadequada.