O Progressistas anunciou oficialmente seu retorno ao governo do estado da Bahia, liderado por Jerônimo Rodrigues, após as eleições de outubro. A decisão ocorre em um contexto em que membros do partido já mantinham laços estreitos com alianças petistas, mesmo antes do primeiro turno das eleições de 2022.
A reaproximação não é consensual dentro da sigla, especialmente entre as lideranças de João e Cacá Leão, que enfrentaram dificuldades quando foram afastados por Rui Costa e Jaques Wagner, o que gera ceticismo sobre sua aceitação na base governista. A divergência entre os Leão e os demais membros do partido, como Mário Negromonte Jr., que defende uma aliança mais próxima ao governo, ilustra a divisão interna no Progressistas.
Outro fator a ser considerado é a postura do presidente nacional do partido, senador Ciro Nogueira, que tem se mostrado reticente em relação ao alinhamento com o PT. Essa relação ambígua entre ser parte do governo e manter uma certa independência tem sido uma característica frequente do Progressistas. Portanto, a expectativa é que a formalização do retorno ao governo Jerônimo ocorra, seguindo a tradição do partido em garantir a governabilidade, independentemente de quem esteja no poder.